Acusado de crimes sexuais, o cirurgião plástico Amauri Corrá, que mora em Sorocaba, mas tem consultório em São Roque, onde foi preso na última sexta,2, depois que duas mulheres também registraram queixa contra ele, também por estupro .O Ministério Público (MP) já denunciou o médico pelos crimes contra mulheres.
Depois que um dos casos de estupro veio à tona, outras pacientes também denunciaram o médico. Ao todo, ele é investigado em seis inquéritos e denunciado por outras cinco mulheres. Os casos que já são investigados teriam sido registrados entre 2010 e 2023.
Segundo as vítimas, o cirurgião apalpava o corpo delas, principalmente as partes íntimas. Conforme a denúncia feita pelo MP, Amauri Corrá foi acusado por estupro de vulnerável, já que as vítimas não tinham condições de oferecer resistência, pois os abusos teriam acontecido durante exames.
Após a denúncia feita pelo MP, outras duas mulheres, de casos que ocorreram em 2007 e 2008, serão convocadas como testemunhas contra o médico.
Todos os casos estão registrados como assédio sexual e estupro. Conforme apurado pela Globonews, a primeira denúncia contra o médico foi feita em 1998.
Os primeiros casos foram registrados na Polícia Civil e na Câmara Municipal de Araçariguama, cidade vizinha de São Roque (SP), em 1998. Nos três relatos, as vítimas afirmam que foram vítimas de Amauri Corrá durante consultas no posto de saúde da cidade.
Na época, foi instaurado um inquérito para apurar um atentado violento ao pudor mediante fraude. O documento foi encaminhado ao Ministério Público, mas acabou arquivado.
Livre das acusações, Amauri continuou trabalhando. Em agosto de 2019, novas vítimas registraram boletins de ocorrência contra o médico, que passou a atender como cirurgião plástico em uma clínica de São Roque. Os novos relatos seguem o mesmo padrão dos depoimentos das outras vítimas.
Um novo inquérito foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) após a denúncia de estupro feita pela paciente contra o cirurgião plástico em março de 2023. São mais de 400 páginas com todos os registros feitos contra Amauri Corrá há, pelo menos, 25 anos.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o suspeito passou por audiência de custódia no sábado (3) e foi constatado que não houve qualquer ilegalidade no momento da prisão. Sendo assim, ele permanece preso no CDP de Pinheiros, em São Paulo (SP), durante as investigações do caso.
A polícia também esteve na casa de Amauri, em um condomínio de alto padrão de Sorocaba (SP), onde descobriu que ele havia alugado um carro para fugir, mas acabou sendo preso no meio do caminho, com o apoio do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual, na Rodovia Raposo Tavares, e levado à cadeia de Votorantim.De acordo com a delegada responsável pelo caso, o celular do cirurgião plástico foi apreendido.
A defesa do médico Amauri Corrá disse, em nota, que não concorda com a motivação da decisão que decretou a prisão preventiva. Segundo a defesa, o médico sempre esteve à disposição da Justiça e a medida foi "precipitada, arbitrária e desnecessária".
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