Levantamento feito em Sorocaba aponta aumento no número e contratos de locação de imóveis, apesar dos reflexos da pandemia do Cororonavírus nos últimos dois anos. Segundo os dados de dezembro do ano passado, houve um aumento de 18% no número de novos contratos na comparação com o mês anterior.
Os dados da da FipZap+, instituição que acompanha a variação de aluguéis em 25 capitais do Brasil, mostram que o preço médio do aluguel subiu cerca de 16%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 5,79%, a maior alta desde 2011.
Para o presidente do Conselho regional de Fiscalização do Profissional Corretor de Imóveis (CRECISP), José Augusto Viana Neto, o aumento se deve, principalmente, à dificuldade de renovação de contratos entre dono e locatário, o que abre novas opções para um novo morador.
Ele explica a equação, apontando que há uma movimentação entre os desistentes de um imóvel e os novos interessados."Quando o locatário não consegue suportar o aumento que o proprietário exige, ele tem que devolver o imóvel. E aí dois fatores fazem com que o número de locações aumente: ele acaba alugando outro imóvel em uma região mais periférica, com um valor mais barato, e o proprietário vai alugar o outro imóvel para outra pessoa", justifica.
Em uma imobiliária de Sorocaba, de 2022 para 2023, a procura por aluguéis comerciais e residenciais aumentou de 15 a 20%. Manuela Vilera, dona do estabelecimento, explica que o perfil dos novos clientes mudou.
A mediação da imobiliária acaba facilitando a negociação, diz Manuela."Os alugueis subiram e, em consequência, nas negociações de contrato, a imobiliária tem a responsabilidade de fazer a intermediação. Então, nem um total de correção e nem o mínimo, a gente tenta chegar em um denominador comum", explica.
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