Trinta dias depois da morte de uma professora em um tobogã, o Ski Park, em São Roque, continua fechado. O acidente foi no dia 8 de abril, e a polícia também continua com as investigações.
A vítima, Luciana Cerri, de 42 anos, descia o brinquedo junto do filho, de sete anos. Segundo uma testemunha, os dois foram arremessados no final da descida e bateram em uma grade de proteção.
O Ski Park não informou o prazo de suspensão das atividades, no entanto, no site da empresa é informado que o local estará fechado até o dia 30 de junho. Para julho, não há informações sobre a compra de ingressos.
"Em solidariedade a família e amigos da vítima, bem como com a finalidade de colaborar com a apuração dos fatos, comunicamos a suspensão das atividades do parque. Agradecemos pela compreensão", publicou a empresa nas redes sociais.
APURAÇÃO - Um inquérito por morte suspeita e homicídio culposo foi instaurado pela Polícia Civil. A equipe começou a ouvir testemunhas e funcionários do Ski Park. Ao menos dez pessoas prestaram depoimento ao longo da investigação, entre funcionários, parentes e representantes da empresa.
Dois funcionários do Ski Park foram ouvidos pela Polícia Civil. Conforme apurado pela TV TEM, um deles estava na parte final do tobogã e teria visto o acidente.
O funcionário explicou que no final do brinquedo existe uma rampa, que funciona como um dispositivo de segurança para a pessoa diminuir a velocidade e parar no fim do tobogã. Segundo esse funcionário, esse dispositivo de segurança não funcionou.
A Polícia Civil pediu uma perícia ao Instituto de Criminalística de Sorocaba (SP), na parte de engenharia, para a entender a velocidade que uma pessoa pode chegar ao descer no tobogã e se o brinquedo teria alguma irregularidade. O laudo já está pronto, em poder da Polícia.
Em nota divulgada pelo Ski Park, a empresa lamentou o ocorrido e informou que está à disposição da família e das autoridades.
CENA HORRÍVEL - A moradora de Jundiaí (SP) Janine Janeri contou que estava no Ski Park, perto do teleférico, quando viu a mulher descer o tobogã com o filho no colo, e os dois baterem na grade de proteção.
"Ela passou pela lombadinha do tobogã, só que a velocidade estava muito alta. Eles voaram e bateram em uma estrutura de ferro que tem entre o tobogã e o teleférico. Foi um barulho horrível, uma cena horrorosa", relata.
Janine que o garoto chegou a caminhar em direção a ela, mesmo ferido. "Fui correndo, olhei para ele, e ele me abraçou e disse: 'e agora? O que vai acontecer? Eu vou levar pontos?'. Ele estava com o rostinho todo machucado, todo desfigurado", diz.
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